Atualmente estamos sujeitos a uma forçada mudança de perspetiva em todas as áreas profissionais e pessoais, assistindo a parte daquilo em que acreditamos, ficar infundamentada e desprovida de sentido, vendo muitas das nossas certezas inabaláveis, serem completamente derrubadas por terra. Certezas que tínhamos desde sempre, algumas passadas pelos nossos pais/familiares, aqueles que nos criaram e cuidaram de nós ou mesmo por outras pessoas, que fomos conhecendo, ao longo das nossas vidas e que escolhemos “seguir”, como ideais que adotamos e respeitamos.
Quando chegamos junto dos nossos amigos e familiares é atencioso e educado, cumprimentarmo-nos afetuosamente!
Profissionalmente, é importante dar um aperto de mão vigoroso, mas não excessivamente forte, e que seja longe de frouxo!
Os convívios querem-se pejados de gente, bem regados, com muitas risadas, com momentos divertidos e cheios de contactos físicos calorosos!
O Natal é para passar com toda a família, todos à mesma mesa, mas neste contexto fica a dúvida…
Nunca fomos tão colocados fora da nossa zona de conforto, tão bruscamente abanados chegando mesmo a ficar despidos de teorias e conceitos, elaborados pelas fortes crenças de cada um.
Pois bem, concordo que este é um momento doloroso, mas quando colocado em perspetiva temporal (sim, vai passar e é apenas um momento), é também uma gigante oportunidade de nos reinventarmos e de nos relançarmos numa nova versão, mais aprimorada de nós próprios.
Mais que nunca é altura de investirmos em nós, enquanto indivíduos.
Esta é a altura de baixar barreiras e dar valor apenas àquilo que de facto o tem
Estudar mais, ler mais, estar mais abertos a novas perspetivas, comer melhor, procurar o equilíbrio emocional, dedicarmos tempo aos nossos e aceitar. Esta é a altura de baixar barreiras e dar valor apenas àquilo que de facto o tem. E aprender, aprender humildemente.
Como Albert Einstein disse: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”.
Estamos a vivenciar novas experiências, com novos formatos, alguns que desconhecíamos e outros que resistíamos a adotar, que em muitos casos reconheceremos como melhor opção e como definitivas, porque encaixadas nas nossas rotinas, já não voltaremos ao formato de antigamente.
Julgo que, de facto, o que era não voltará a ser!
Desafio-vos a centrarem-se no que poderemos retirar de positivo
No entanto, apesar de vivermos uma situação prejudicial e negativa em muitos aspetos, desafio-vos a centrarem-se no que poderemos retirar de positivo, desta mudança de perspetiva a que nos vimos sujeitos.
Para mim esta, é a meu ver, uma oportunidade de evolução como nunca tivemos, do ponto de vista individual, mas sobretudo global. Poderemos sair desta fase com uma sociedade mais unida, mais real e humanizada.