Liderança: a Importância de Como Damos Feedback

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Nos últimos anos um dos temas mais abordados tem sido a Liderança. Muitos são os autores que escrevem sobre o tema, há um número infindável de Ted Talks e de entrevistas. Este ano, a propósito do contexto pandêmico, a Liderança surge como um dos pontos fulcrais da gestão em tempos de crise.

A Liderança apresenta muitas dimensões: O Coaching, o Feedback, o Propósito, Segurança psicológica das equipas, Resiliência.
Mas vou focar-me apenas num dos tópicos: o Feedback.

A prática mais comum é termos momentos anuais ou semestrais de feedback, normalmente aliados a momentos de avaliação ou auditoria. E tipicamente focamo-nos nos pontos fortes e nos pontos a melhorar.

Podemos potenciar muito mais o talento da nossa equipa se fizermos uma reflexão profunda nas forças de cada um

Recentemente tive uma formação de Liderança onde se tocou, a meu ver, num ponto chave: a prática de nos focarmos nos pontos a melhorar ou negativos e respetivos planos de ação para passar esses pontos de negativos a positivos. Será que nos focamos demasiado nos pontos a melhorar? E nos pontos positivos, nas forças de cada colaborador? Damos a mesma importância a ambos? Diria que não. E que podemos potenciar muito mais o talento da nossa equipa se fizermos uma reflexão profunda nas forças de cada um, e como podem ser aplicadas no contexto da equipa e dos objetivos, nomeadamente através da recondução para outra função onde essas forças tenham maior aplicabilidade e melhores resultados práticos.

Dou-vos um exemplo prático: temos um elemento da equipa que tem como pontos fortes a capacidade de análise, visão crítica e constantemente sugere melhorias aos processos implementados. No entanto revela dificuldades na interação com os clientes e todos os anos lhe é apontado na sua avaliação que deve melhorar as capacidades interpessoais, a comunicação e a empatia. E se em vez de insistirmos neste ponto, não exploramos os seus pontos fortes numa função de análise e melhoria contínua?

No fundo, não falamos só de feedback, falamos de um conceito muito mais abrangente: deixar de lado a estandardização das pessoas e das funções em função dos objetivos.

As empresas começam a preocupar-se com a gestão e retenção de talentos

As empresas começam a preocupar-se com a gestão e retenção de talentos. E muitas vezes as causas apontadas para a saída dos colaboradores estão relacionadas com melhores condições financeiras. Uma das formas de reter talento passa por olharmos para o tipo de funções que satisfaz os colaboradores e onde vão ser melhores. Com isto, vem o sentimento de realização e com certeza conseguimos reter os nossos talentos.

Em suma e voltando ao tema da Liderança: liderar também passa por nos focarmos no melhor de cada equipa e potenciar os nossos colaboradores de acordo com as suas forças, em vez de andarmos sempre à volta do que não se faz tão bem.